Alimente-se bem gastando pouco
Esqueça essa de que ‘comida saudável’ é cara. Não se deixe enganar pelo marketing, com a ideia de que alimento saudável é aquele embalado e rotulado com “diet, light, leve, baixo teor, zero qualquer coisa”. Esses alimentos processados com alegações de mais benefícios a saúde, que as vezes são mais caros, podem ajudar e facilitar transições, mas isso não é uma regra. Por exemplo, se você têm o hábito de beber leite integral, pode ser que a troca dele pela versão desnatada (que pode ser mais cara), com menos gordura, seja significativa ou não pras suas necessidades de saúde.
O fato é que as embalagens e o os invólucros dos alimentos que você deve investir pra valer, são naturais, como cascas, folhas e fibras. Alimentos mais saudáveis de verdade são pouco ou nada processados, você os encontra facilmente na feira ou nas secções de hortifruti dos mercados, e comumente, são os mais baratos. Quanto mais saudáveis mais próximos eles são da ‘terra’, de suas origens, e por isso não possuem uma data de validade grande, se perdem facilmente, pois em geral possuem um alto teor de água, e não passaram por tratamentos térmicos ou por adição de químicos ou de conservantes artificiais.
Por isso, não é necessária sofisticação nem gastar muito para se ter uma alimentação saudável. Você precisa basicamente que os seguintes alimentos façam parte do seu dia a dia: arroz + feijão + carne + leite + verduras, legumes e frutas, estes suprem as necessidades do organismo, abrangendo os principais grupos de alimentos.
Assim, na hora da compra só vá ao supermercado quando não estiver com fome e vá direto à seção de verduras e frutas. Com isso, você tem mais tempo para escolher e verificar a qualidade e o preço dos alimentos. Prefira os produtos da época (frutas e hortaliças) e atente-se as promoções, como a ‘quarta de hortifruti’. Lembre-se que o peixe e o frango, em geral, são mais baratos que as carnes vermelhas e ainda possuem menos gorduras saturadas. E cuidado com os corredores finais dos supermercados, uma grande quantidade de guloseimas é disposta de modo a atrair o olhar do cliente e seduzi-lo, fazendo-o gastar mais com produtos pouco nutritivos.
Prefira comprar hortaliças e frutas em feiras livres, nelas, você pode negociar o preço com o vendedor, sem contar que lá o preço dos alimentos vai diminuindo quando a feira vai chegando ao final, e ainda, alguns vendedores permitem que os clientes provem os alimentos que estão levando, em feiras, você evita filas gigantescas e o uso de embalagens em excesso.
Você também pode economizar no preparo das refeições, evitando desperdícios e aproveitando melhor partes de alimentos que geralmente desprezamos. Nesse contexto, guarde as sobras limpas (o resto das panelas e não dos pratos), com elas você pode: fazer sopas, caldos, congelar e reaproveitá-los em outras preparações. Ao preparar as refeições evite desperdícios e prepare apenas o necessário para sua família.
Sabe-se também, que em cascas, talos e brotos, podem haver concentrações maiores do que na polpa, de fibras, minerais e vitaminas, por isso, não as despreze, saiba aproveitar tudo o que o alimento oferece. Você pode consumir, por exemplo: folhas de cenoura, de beterraba, de batata-doce, de couve-flor, de abóbora e rabanete.
Através de receitas adequadas, as cascas ou entrecascas de batata inglesa, banana, mexerica, laranja, mamão, pepino, abacaxi, berinjela, beterraba, melão, melancia, maracujá, goiaba, manga e abóbora, podem ser usadas, em bebidas, saladas, bolos e biscoitos. Há receitas ótimas com sementes de abóbora, melão e jaca.
A ideia é aumentar o valor nutritivo da alimentação, com baixo custo e com sabores regionais. Com tais medidas passamos a possuir a opção de uma alimentação não somente mais acessível, como também com alto valor nutricional.