Açúcar ou adoçante qual a melhor opção?
Essa é uma das coisas que mais causam polêmica quando falamos de alimentação saudável, tanto que se fizer essa pergunta pra vários nutricionistas, o mais provável é que tenha respostas diferentes. A minha resposta para esta questão é: “depende”. A verdade é que para cada um, há pontos positivos e negativos e a recomendação de uso ou não, dependerá da saúde e da necessidade de cada pessoa.
Há vários tipos de açúcares. O açúcar cristal recebe um refinamento leve com adição de produtos químicos, por isso, ele perde 90% dos minerais e vitaminas.
Já o açúcar refinado/branco é 100% tratado, usa-se uma grande quantidade de aditivos químicos, por isso, além das calorias ele não possui valor nutricional. Há também o açúcar light, este é a mistura de açúcar refinado com adoçante artificial, ele possui menos calorias, entretanto, não possui grandes qualidades nutricionais.
Já na linha dos açúcares mais naturais, temos: o açúcar mascavo – este é o açúcar bruto, ou seja, não sofre processo de refinamento e adição de produtos químicos, por isso mantém nutrientes como cálcio, ferro, magnésio e vitaminas; já o açúcar demerara sofre leve refinamento sem adição de produtos químicos e ainda preserva alguns nutrientes.
O açúcar orgânico cristal, seria o açúcar cristal feito com cana orgânica e sem nenhum aditivo artificial, ele têm valor nutricional semelhante ao demerara. Outro que está famoso é o açúcar do coco orgânico, este é produzido a partir do líquido das flores do coqueiro, sem agrotóxicos ou aditivos químicos, ele possui índice glicêmico menor que outros açúcares e é rico em vitaminas do complexo B, além de minerais como potássio, magnésio, ferro e zinco.
O que os diferencia é a adição ou não de produtos químicos e o teor de micronutrientes que cada um conserva, mas no fim, o verdadeiro problema, as calorias extras que trazem aumento de peso se conservam.
Ou seja, se você não tem problemas de peso, níveis de triglicerídeos sanguíneos elevados ou risco para diabetes, invista nas versões de açúcares mais naturais e maneire na quantidade. Não coloque açúcar em tudo, aproveite o doce natural dos alimentos, se precisar adoçar algo use pouco e dissolva bem o açúcar.
Caso você precise controlar ou perder peso, ou ainda, tenha algum problema de saúde que contraindique o uso de açúcar ou de seus similares, ai sim valeria investir nos adoçantes, mas, sem exagero. Existem vários tipos de substâncias adoçantes, dentre as mais usadas por aqui temos: ciclamato, sacarina, aspartame, acesulfame-k, frutose, stévia, e sucralose. Os problemas dos adoçantes giram em torno da eficácia e da segurança do seu uso. Por exemplo, a ingestão acidental de sacarina em doses elevadas por crianças, levou-as a taquicardia. Quanto a frutose, existem especulações de que seu consumo aumentaria a ingestão energética e o risco de obesidade, pois ela diminui os níveis de leptina e aumenta os de insulina.
Em um estudo com ratinhos houve aumento de risco de câncer de bexiga nos fetos de ratas que usaram grandes quantidades de sacarina, mas outro estudo já não revelou o mesmo resultado, a FDA (Food and Drug Administration) até aprova o uso de adoçantes durante a gravidez, mas a maioria dos profissionais não recomendam o uso de aspartame, sacarina ou acesulfame-k alegando o risco de ser nocivo ao feto.
Como a literatura ainda é muito obscura com relação aos possíveis efeitos dos adoçantes no organismo, a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) e a OMS definiram limites para a ingestão segura de adoçantes. Mas, como isso gera muita confusão, na dúvida, saiba que, por questões de maior segurança e palatabilidade, os adoçantes mais indicados atualmente por grande parte dos profissionais de saúde são os à base de esteviosídeo e de sucralose.
Lembrando que para este último, o uso mais seguro seria em alimentos em temperaturas frias ou ambiente pois estudos recentes (Aqui) constataram instabilidade da substância em meios com temperaturas elevadas, ou seja, quando aquecido, adoçante torna-se quimicamente instável, liberando compostos tóxicos.
Todo excesso traz prejuízos à saúde, adoçantes não fogem à regra e, portanto, devem ser consumidos com moderação.